Descrição

Nefelina Sienito com Eudialita
Localização: Morro do Serrote
0 fácies característico consiste de nefelina sienitos maciços de granulação média a grossa e coloração em geral esbranquiçada. 0s feldspatos maiores, centimétricos, possuem cor branca e hábito tabular a placóide, às vezes de contorno ir regular. Esses feldspatos conferem às amostras aspecto textural tipicamente foiaítico; contudo, observam-se variações gradacionais nos tamanhos dos feldspatos que chegam a atingir até dimensões milimétricas. Os cristais menores são de coloração cinzenta semelhante a da nefelina, esta presente como grãos subidiomórficos, às vezes xenomórficos e intersticiais aos feldspatos.
As rochas são leucocráticas ou mesmo hololeucocráticas, com teores de piroxênio inferiores a 5%. Esse mineral exibe hábito prismático a acicular, e ocorre ora como prismas isolados, ora como pequenos agregados de poucos prismas; às vezes, observam-se também agregados de piroxênio fibroso. Dentre os minerais acessórios, destaca-se a eudialita, em proporções raramente superiores a 3% ocorre como cristais isolados intersticiais ou emaranhados milimétricos, comumente associados a piroxênios e outros acessórios. A distribuição da eudialita é irregular, tanto em escala de amostra de mão como de afloramento; por vezes, outros minerais de metais raros, à sua exceção, acham-se presentes.É também comum a ocorrência de agregados pegmatóides contorno irregular, ou como veios pouco extensos , contendo concentrações anormalmente elevadas de eudialita: a mudança de granulação marcando a passagem da rocha normal para a pegmatóide é brusca.
Localmente observam-se outras variedades de nefelina sienitos, que se caracterizam pela cor cinza mais forte e granulação fina, com o piroxênio na forma de prismas idiomórficos isolados e homogeneamente distribuídos. Nestas rochas, a eudialita está ausente ou então presente em pequenas quantidades.
Percebe-se ao microscópio que a textura mais comum é a hipidiomórfica granular antes que a foiaítica; esta é visível apenas em algumas amostras. Os feldspatos potássios tabulares aparecem às vezes agrupados, a exemplo do que sucede com os grãos subidiomórficos de nefelina. O feldspato é microclínio com geminação de Bavero e típica geminação em grade. Em algumas rochas, os feldspatos potássico, e notadamente a nefelina, possuem abundantes inclusões prismáticas finas de um mineral incolor de aspecto semelhante àquee presente nas nefelinas de alguns chibinitos. Inclusões de piroxênio são raras e ocorrem nas bordas de alguns feldspatos de maior tamanho, bem como nas raras nefelinas xenomórficas, os cristais de piroxênio egirínico mostram to prismático, aparecendo ora como cristais isolados maiores , de até 2 mm de comprimento, ora como agregados de poucos cristais de menor tamanho, associados a titanita idiomórfica; os prismas maiores mostram marcado zoneamento setorial. É comum observar-se a presença de arfvedsonita no interior de alguns cristais. Piroxênios prismáticos tardios (hidrotermais ou deutéricos) são também muito freqüentes, formando agregados fibrosos intersticiais, ou então prismas de cor e pleocroísmo variável (azul, amare1o, etc.) totalmente localizados em áreas intersticiais ocupadas por zeólitas; via de regra encontram-se associados a um mineral fibroso-esferulítico de cor marrom, igualmente reconhecido nos nefelina sienitos cinzas do Anel Norte. Os acessórios incluem titanita idiomórfica e vários silicatos de metais raros de ocorrência intersticial, os mais abundantes correspondendo a eudialita, larnprofilita e rinquita " Cancrinita e natrolita são os principais minerais de alteração, substituindo inteiramente a nefelina em algumas amostras "