Vicente Antonio Vitorio Girardi - Carajás Pará/Brasil - Rochas basálticas
Os basálticos paleoproterozoicos, andesitic e rhyoltic atravessam o porão do Arquiaean Carajás. Os basaltos são distinguidos em um grupo alto e baixo TiO2 (HTi e LTi), cada grupo consistindo de enxames geoquimicamente distintos ne-e nw-tendências. Os diques HTi são basaltos transitórios evoluídos tendo essencialmente geoquímica do tipo EMORB. Os basaltos LTi são tholeiitas (enxame de tendências NE) e basaltos de alta Al (enxame de tendências NW) exibindo padrões de elementos de traço incompatíveis com anomalia nb variavelmente negativa, enriquecimento em Rb, Ba, K (LILE) e La, Ce e Nd (LREE) e anomalia positiva sr. Com relação aos análogos orogênicos, os andesites têm menor Al2O3, CaO e Ni, feo mais alto, LILE, LREE, Nb, Zr e Ti e anomalia Sr negativa. Os rimas têm características geoquímicas comparáveis às dos granitos do tipo A. Em 1,8 Ga, varia de 0,700 a 0,705 nos basaltos HTi e de 0,700 a 0,704 no grupo LTi. Andesites definem um isochron de 1874±110 Ma (Sro=0,7038±0,0010). Os rimas de Carajás do Sul e do Norte definem dois isóculos de 1802±130 Ma (Sro=0,7062±0,0046) e 1535±82 Ga (Sro=0,7625) respectivamente, sendo a data mais jovem interpretada como redefinição do sistema isotópico RB-Sr. Propomos um modelo petrogenético relacionando basaltos LTi com o derretimento de manto litosférico metasomatizado por derretimentos ácidos derivados do derretimento incipiente de eclogitos, representando, por sua vez, o produto subsóduo de lotes basálticos presos no manto. Os basaltos HTi são explicados pelo derretimento do manto litosférico contendo o eclogite residual complementar. A petrogênese andesita é consistente com o fracionamento de cristal de um pai andesita alto derivado de uma fonte de manto mais extensivamente metasomatizada por derretimentos derivados de eclogite. A composição de rhyolite é consistente com baixo grau de fusão das rochas do porão. Os diques basalto-esite-rhyolite podem representar os efeitos da extensão crosta e do arqueamento em Carajás, que produziu o ácido anorogênico para o magmatismo intermediário (grupo Uatumã) e afetando grande parte do cratão amazônico entre 1,85 e 1,7 Ga.