Ciro Teixeira Correia
Complexo Cana Brava
Goiás - Brasil
Rochas ultra-máficas
Corresponde a um corpo ígneo estratiforme, máfico-ultramáfico, anorogênico originado da cristalização fracionada de magma basáltico de composição olivina-toleítica.
Relações de campo indicam que a massa magmática original intrudiu as rochas pré-existentes já deformadas e metamorfizadas da Sequência vulcano-sedimentar de Palmeirópolis.
Os dados geoquímicos e petrológicos indicam que a cristalização se processou em condições de pressão inferiores a 7 kbar.
O empilhamento original do complexo é interpretado como tendo sido constituído da base para o topo por: microgabos, peridotitos, websteritos e rochas gabróides variadas.
Os reequilíbrios minerais, o padrão de deformação e as determinações isotópicas disponíveis levaram a interpretação de que o Complexo de Cana Brava evoluiu segundo as seguintes etapas tectônicas:
- separação do manto e residência sublitosférica ou subcrustral do magma progenitor entre 2,25 e 2,62 b.a.;
- intrusão na Sequência vulcano-sedimentar de Palmeirópolis e cristalização subsequente em regime distensivo ao redor de 2,0 b.a.;
- evento principal de metamorfismo e de deformação dúctil-rúptil, em regime compressivo, ao redor de 1,3 b.a.;
- reequilíbrios metamórficos posteriores em idades Brasilianas ainda não bem estabelecidas.
Esses eventos transformaram a sequência original de suas rochas da base para o topo em: anfibolitos, serpentinitos, metawebsteritos e metagabros.
Importância
O Complexo Cana Brava abriga a maior mina de amianto do Brasil.