Coleção Atibaia - Horstpeter Ulbrich - rochas graníticas
Horstpeter Herberto Gustavo Jose Ulbrich - Maciço de Atibaia São Paulo/Brasil - Rochas Graníticas
O Maciço de Atibaia cobre área aproximada de 65 Km² e coloca-se em terreno metamórfico (rochas da fácies anfibolito) com forma de cunha, limitado por duas grandes zonas de cisalhamento e suas manifestações colaterais (uma à noroeste e outra à sul do maciço).
Dentro do maciço são descritas 3 fácies principais. A primeira, ocupando cerca de 98% da área, é representada por um sienogranito porfiróide róseo acinzentado de textura inequigranular média-grosseira e índice de cor (IC) em torno de 10. A segunda fácies é composta por um monzogranito cinza de granulação fina a média cuja característica marcante é a presença de nódulos esbranquiçados quartzo - feldspáticos de até 2 cm de diâmetro. A terceira fácies, monzogranito cinza claro (granulação fina a média), é muito semelhante a anterior mas em Iugar dos nódulos surgem esporadicamente alguns cristais de feldspato alcalino.
Associados ao sienogranito porfiróide ocorrem diques sinplutônicos de granulação fina-média, bolsões graníticos, enclaves e xenóIitos.
Marginais ao maciço são observadas várias fácies de granitóides consideradas pré-Atibaia. Dentre elas destacam-se ocorrências mapeáveis de uma variedade de granito branco a duas micas com granada como acessório principal.
Outra ocorrência marginal importante é um granitóide (monzogranito a granodiorito) cinzento porfirítico (IC em torno de 15); aparece constituindo corpos de centenas de metros apenas na porção a oeste do maciço. Ocorrem ainda um sienogranito cinza (IC=10) de granulação fina-média localizado à leste do maciço e um sienogranito cinza avermelhado porfirítico (IC=l0) Iocalizado à norte.
Rochas granodioríticas, tonalíticas e quartzo-dioríticas aparecem à oeste do maciço e ocorrem geralmente como corpos alongados na direção NNE; possuem uma foliação penetrativa bem visível em rochas aIteradas.
A existência de um paralelismo das estruturas tectônicas regionais com as de fluxo magmático, observada no interior do maciço, aIém da própria geometria alongada em sentido NNE sugerem uma deformação contínua desde a colocação do granito (fase dúctil) até a sua cristalização final com formação de milonitos e cataclasitos (fase rúptil) . A intensidade dessa deformação distribui-se de forma anastomosada criando subtipos texturais - estruturais no interior do maciço, onde a foliação tectônica é mais ou menos marcante.
Importância
A análise detalhada das rochas de Atibaia é de grande importância no estudo da evolução geomorfológica da região Sudeste.
Apesar da elevada quantidade de estudos sobre o
embasamento pré-Cambriano da região Sudeste do Brasil, ainda há inúmeras divergências também quanto à evolução geológica regional.
Destaca-se a localização da região de estudo, que está
inserida na região do comitê das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, integrantes da bacia do Cantareira.
O Maciço de Atibaia cobre área aproximada de 65 Km² e coloca-se em terreno metamórfico (rochas da fácies anfibolito) com forma de cunha, limitado por duas grandes zonas de cisalhamento e suas manifestações colaterais (uma à noroeste e outra à sul do maciço).
Dentro do maciço são descritas 3 fácies principais. A primeira, ocupando cerca de 98% da área, é representada por um sienogranito porfiróide róseo acinzentado de textura inequigranular média-grosseira e índice de cor (IC) em torno de 10. A segunda fácies é composta por um monzogranito cinza de granulação fina a média cuja característica marcante é a presença de nódulos esbranquiçados quartzo - feldspáticos de até 2 cm de diâmetro. A terceira fácies, monzogranito cinza claro (granulação fina a média), é muito semelhante a anterior mas em Iugar dos nódulos surgem esporadicamente alguns cristais de feldspato alcalino.
Associados ao sienogranito porfiróide ocorrem diques sinplutônicos de granulação fina-média, bolsões graníticos, enclaves e xenóIitos.
Marginais ao maciço são observadas várias fácies de granitóides consideradas pré-Atibaia. Dentre elas destacam-se ocorrências mapeáveis de uma variedade de granito branco a duas micas com granada como acessório principal.
Outra ocorrência marginal importante é um granitóide (monzogranito a granodiorito) cinzento porfirítico (IC em torno de 15); aparece constituindo corpos de centenas de metros apenas na porção a oeste do maciço. Ocorrem ainda um sienogranito cinza (IC=10) de granulação fina-média localizado à leste do maciço e um sienogranito cinza avermelhado porfirítico (IC=l0) Iocalizado à norte.
Rochas granodioríticas, tonalíticas e quartzo-dioríticas aparecem à oeste do maciço e ocorrem geralmente como corpos alongados na direção NNE; possuem uma foliação penetrativa bem visível em rochas aIteradas.
A existência de um paralelismo das estruturas tectônicas regionais com as de fluxo magmático, observada no interior do maciço, aIém da própria geometria alongada em sentido NNE sugerem uma deformação contínua desde a colocação do granito (fase dúctil) até a sua cristalização final com formação de milonitos e cataclasitos (fase rúptil) . A intensidade dessa deformação distribui-se de forma anastomosada criando subtipos texturais - estruturais no interior do maciço, onde a foliação tectônica é mais ou menos marcante.
Importância
A análise detalhada das rochas de Atibaia é de grande importância no estudo da evolução geomorfológica da região Sudeste.
Apesar da elevada quantidade de estudos sobre o
embasamento pré-Cambriano da região Sudeste do Brasil, ainda há inúmeras divergências também quanto à evolução geológica regional.
Destaca-se a localização da região de estudo, que está
inserida na região do comitê das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, integrantes da bacia do Cantareira.