Descrição

Nefelina Sienito do Interior do maciço - Pedreira, cinza.
Este fácies hololeucocrático é textural e mineralogicamente muito parecido com os típicos nefelina sienitos da Pedreira; diferenciam-se destes pela cor cinzenta escura uniforme (levemente arroxeada), a pouca quantidade de máficos e a textura, que macroscopicamente é mais hipidiomórfica-granular que foiaítica. As características petrográfícas, e a sua localização geológica indicam que estas rochas são variedades de nefelina sienitos da pedreira. Este fácies inexiste na própria Pedreira da prefeitura e é muito raro na parte N da área em discussão, onde apenas é encontrado em alguns locais isolados (por exemplo, como pequenos afloramentos do campo do Agostinho) “pelo contrário, a S do Ribeirão das Antas, a rocha constitui-se localmente em tipo dominante.
A rocha encontra-se como duas variedades faciológicas. A primeira e mais característica é de granulação grosseira, inequigranular, com textura hipidiomórfica não foiaítica. Os feldspatos maiores (até 10 mm) tabulares e de contornos irregulares, exibem tipicamente pequenas inclusões de nefelina; este último mineral encontra-se também como cristais intersticiais subédricos. O piroxênio, muito escasso, mostra-se como pequenos grãos irregulares intersticiais.
Uma segunda variedade, mais porfirítica, destaca-se por mostrar feldspatos potássicos maiores (5-6 mm) tabulares, em matriz predominante de granulação média, e textura granular não foiaítica, na qual se observam feldspato potássico, nefelina e escasso piroxênio.
Características microscópicas, as fácies de granulação grosseira são rochas com texturas foiaíticas. Os feldspatos potássicos, opticamente zonados, apresentam-se como cristais alongados-irregulares, com nefelinas subidiomórficas-intersticiais.
Albitas tabulares (e pertíticas) são extremamente raras. Os piroxênios ocorrem geralmente como agregados, junto com magnetita, titanita e apatita. Característica notável dos vários fácies de nefelina sienitos da Pedreira e a marcada zonalidade dos piroxênios. Os cristais apresentam-se com núcleos incolores de augita ou soda-augita, comumente coloridos, sobrepostos aos quais se encontram delgadas zonas intermediárias com egirina-augita; por fora, observam-se bordas de egirina. Esta zonalidade, opticamente muito marcada, apresenta assim, eil grãos individuais, variações químicas que se extendem, quase que continuamente, desde os termos sódico-magnesianos até extremos egirínico (para discussões detalhadas, ver M.Ulbrich, 1983)"" Em aIgumas amostras, principalmente do interior do maciço, o anfibólio (verde até pardo) substitui parcialmente o piroxênio. Biotita é mineral raro nestas rochas.
Nos fácies de granulação média a fina, de borda, as nefelinas ocorrem como cristais idiomórficos menores, totalmente incluídos em grãos maiores subidiomórficos irregulares de feldspato potássico. Piroxênio, como no fácies anterior, é fortemente zonado.